Flashback lançado como Flashback: The Quest for Identity nos E.U.A, é um Action RPG desenvolvido pela francesa Delphine Software, publicado pela US Gold nos Estados Unidos e Europa, e no Japão pela Sunsoft. O jogo é listado no Guinness World Records como mais vendido de todos os tempos em seu pais de origem.
Inicialmente lançado para o Amiga em 1992, em seguida portado para MsDos, Acorn Archimedes, Sega Mega Drive(Genesis) e Super Nintendo em 1993. ouve também versões especiais com algumas melhorias em CD-ROM para 3DO, Apple Macintosh, Atari Jaguar, CD-i, FM Towns, MS-DOS e Sega CD, durante o período de 1994 e 1995.
Inicialmente anunciado como um "CD em cartucho" o titulo se mostra bastante inovador para seu tempo, com uma qualidade de animação surpreendente e uma fluidez de movimentos que não era comum para os jogos da época, semelhantes ao do ja consagrado Prince of Persia. A técnica de captura de Flashback foi criada para o jogo assim como seu coirmão, com a diferença de usar meios mais modernos de sobreposição de videos por layers transparentes, técnica que a Delphine já havia usado em Another World(Out of This World)
Um cd com duas trilhas sonora foi lançada apresentando música inspirada pelo jogo, mas não vinha diretamente com o cartucho.
A Historia se passa no ano de 2142 com Conrad B. Hart, um agente investigador da Galáxia Bureau em meio a sua tentativa de recuperar sua memória perdida para salvar o mundo de uma conspiração . Durante uma das suas investigações Conrad descobre uma conspiração para destruir a Terra envolvendo alienígenas disfarçados como funcionários governamentais. prevendo o pior Conrad guarda uma cópia de sua memória em um holocube como forma de precaução contra ela ser apagada. Como temia, os Aliens o raptam e deletam sua memória. Ele escapa, mas fica preso em uma selva sobre o planeta Titan infestado de mutantes. Ele se vê no holocube, onde sua própria imagem te da a missão de viajar imediatamente para a Nova Washington, que também está em Titã, com o objetivo de restaurar sua memória com seu amigo Ian. então se da inicio a uma das sagas mais divertidas e envolventes da historia dos jogos eletrônicos.
A versão DOS tem uma seqüência de abertura bem maior do que o port seguinte para Amiga, quando se recolhe itens no Amiga você pode ver essas cenas também(ainda que com alguns segundos de atraso por causa dos loadings), Amiga , Fujitsu-FM-Towns, e MsDos vem com uma opção de zoom durante ação onde Conrad abre fogo, devido às críticas sobre este efeito incomodo o "recurso" foi removido de todas os outros ports, a mensagem Conrad exterminado também foi retirada.
O jogo foi originalmente lançado em "disquete de 3/5 para MS-DOS, e relançado em CD-ROM para 3DO, CD-i, PC, e Sega CD .alias as melhores versões para consoles foram as da Sega, que teve uma em cartucho superior a do Snes , Jaguar e 3DO(por ser a mais completa), e uma versão em CD(Sega CD) que era ainda melhor com vídeos em CG e vozes no lugar das legendas assim como no relançamento em CD para Dos de 1995. Alem dos vídeos a versão Sega CD tem uma faixa exclusiva para cada fase bem diferente dos cartuchos e da versão Dos . A adaptação Jaguar é em cartucho mas com uma pequena diferença na abertura, a tela de Press Start é idêntica a do CD pela Mega.
Um grande destaque para o CD do Fujitsu-FM-Towns, uma das melhores adaptações com certeza.
Nos estados unidos as caixas do jogo para MegaDrive , Snes e Sega CD vinham com uma historia em gibi com intuito de ilustrar acontecimentos anteriores situando melhor o jogador na historia.
Como de costume a puritana e inesgotável fonte de besteira (Nintendo) acabou mais uma vez censurando um port Snes como já havia feito em MK1 e Samurai Shodow, cortando o nome New Washington's que tornou-se bar café, junto ao realyt show Death Tower que foi renomeado para Cyber Tower. Fora os sons de fundo e musicas inteiras que foram editados sem qualquer explicação , incluindo os ruídos das maquinas que você manipula durante o jogo, que foram porcamente substituídas por uma única musica que toca toda vez que você carrega o escudo. A musica da agenda eletrônica com os relatos do cientista morto também desapareceu. como se não bastasse os cortes o console da Nintendo não suportou o jogo como os outros , graças a baixa capacidade de processamento do Snes este port perdeu bastante a sua agilidade original, tornando impraticável em certos momentos, onde ha uma quantidade maior de sprites a serem administradas na tela que geram slowdows irritantes, a versão Nintendo se resume a um quesito apenas, o som da pistola, este sim e o mais realista de todas a adaptações.
Foto das duas versões Mega e Snes.
O nome Death foi substituído por Cyber na versão Snes. o lema da Nintendo é : esconda a verdade de seus filhos, não fale a eles sobre morte nem sexo, se perguntarem diga que foi a cegonha, eduquem seu filho com os nossos jogos fru-fru, se puder coloquem ele dentro de uma bolha de plástico. |
Gráficos:
Graficamente o titulo é perfeito para o seu tempo, com um visual mais adulto que os outros jogos do mesmo gênero como Prince of persia ou Black Thorne, Flash Back traz um cenário futurista repleto de maquinas e computadores avançados, com ambientes repletos de detalhes que as vezes lembram a serie Star Wars, tudo cuidadosamente projetado com um extremo bom gosto, isso junto a uma qualidade de animação inigualável, de deixar o criador de Prince of Pérsia se rasgando de inveja, a quantidade de quadros em um único personagem esta acima da media de qualquer outro jogo, isso faz com que a imagem fique extremamente fluente deixando Flash Back com a ação mais realista da historia dos 16Bits, tudo em uma atmosfera que lembra e muito Blade Runner: "O caçador de andróides" com carros voadores , androides assassinos e grandes estruturas verticais.
Para falar de som vamos pegar o port para Mega Drive (que misteriosamente tem um repertorio maior que a versão PC), já que na versão Snes e Jaguar a capina foi geral, (ate tiraram a opção de escutar faixas no console Nintendo), o repertorio sonoro esta completo na versão Sega, (e que repertorio), não e atoa que lançaram um CD separado, a trilha de Flash Back é realmente sensacional com musicas envolventes e muito bem elaboradas, algumas de curto tempo mas o suficiente para dar alma ao clássico deixando a ação bem mais interessante, estas faixas curtas so entram em momentos especiais tipo um avanço em determinado cenário dando um clima de mistério em meio ao silencio, ou quando um mutante abre fogo contra você. ha também as faixas longas que aparecem em meio alguma seqüência de filme, ou um Flash Back, todas de primeira bem ao nível do jogo. Uma em especial que também ficou de fora do Snes e a faixa que toca quando você abre a agenda eletrônica na primeira parte da ultima fase(Options menu\music test 11), talvez uma das faixas mais bonitas da hera 16bits. esse diferencial da trilha de FB já e percebida logo na vinheta da Delphine Software, uma entrada triunfal.
O mesmo vale para os sons de cenários e seus objetos como minas portas e sensores, do curto circuito dos robôs antes de explodirem ao som das maquinas de recarga de escudo, tudo muito bem bolado reforçando o clima futurista do jogo que acaba ainda mais convincente.
A versão em CD para Mega(Sega CD) dispensa comentários afinal é CD, um port superior ao cartucho de Mega que já era melhor que Snes e Jaguar, alem disso a seqüência de filmes são em computação gráfica que ganhou falas de verdade, diferente do cartucho que tem apenas legendas. Na minha opinião a versão Sega CD so perdeu em um quesito apenas, o mistério que se foi com o silencio das fases que fora sobreposto por faixas de musicas que agora tocam em tempo integral quebrando um pouco o suspense, por outro lado as faixas são inéditas e com qualidade de CD, musicas com a qualidade de um longa hollywoodiano, uma faixa exclusiva para cada cenário.
A melhor versão em CD é a de MsDos lançada em 1995 seguida pelo Console "Fujitsu FM Towns" , que tem como base o jogo original em disquete para Dos de 1993 , mas com as musicas em WAW, exatamente o que se esperava de uma versão Sega CD, ainda sim o Fujitsu FM Towns não tem o repertorio do Mega que parece ter sido o foco principal do pessoal da Delphine.
Jogabilidade:
A jogabilidade e a melhor possível para uma jogo onde o personagem tem os movimento fieis aos de uma pessoa de verdade, por tanto não fique esperando uma mudança de trajeto, um pulo, ou um tiro imediato como jogos do Sonic ou Final fight já que os movimentos de Conrad são de um homem real que vai dar sempre aquela ultima passada para um salto mais longo, ou demorar alguns milésimos de segundo entre abrir a jaqueta e puxar a pistola do coldre, a jogabilidade esta em cima, não ha do reclamar na versão Sega, Atari, 3DO, Amiga, já do Nintendo não se pode dizer o mesmo, o jogo literalmente "pesou" perdendo fluidez e como conseqüência a jogabilidade saiu prejudicada. No geral os controles são otimos com comandos bem distribuídos , bem melhor que o pai do gênero o Prince of Persia.
Curiosidades:
Uma coisa que sempre me perguntei e o fato do jogo liberar um password logo no inicio da primeira fase. algo sem sentido algum pois acabei de iniciar o jogo logo não tenho nada que salvar.
Sera que o projeto inicial teria um level extra que fora cortado na versão final deixando esse "resíduo", os jogos lançados nos EUA com um Gibi ilustrando um extenso ocorrido antes do inicio do jogo reforça essa suspeita.
Quase 20 anos depois de seu lançamento não vi um jogador se quer questionar o motivo da existência daquela maquina de tirar fotos na segunda fase no continente europeu onde você cumpre missões espedidas por maquinas semelhantes a um arcade.
Nela você insere seu cartão de créditos e a foto cai na parte de baixo onde você pega e ela fica no seu inventario mas sem serventia nenhuma pois não e requisitada durante a jornada.
Sera que FlashBack ainda esconde algo que desconhecemos? ou foi apenas um capricho dos programadores pra dar mais realismo ao jogo? se fosse o caso acho que poderia comprar algo no bar também e não só queimar dinheiro com uma foto inútil, o mapa que você ganha logo no inicio da fase poderia também ser pago pelo jogador.
Maquina de tirar fotos, gerando um item sem explicação no inventario. |
Conclusão:
Um conjunto de pessoas inspiradas no lugar certo na hora certa criando um divisor de águas, um clássico da ficção que ate os gamers das gerações atuais conhecem e jogam, um feito que a própria empresa não conseguiu repetir quando tentou a desastrosa seqüência "Fade to Black" que passou em branco. Flash Back e um marco na historia dos videogames um jogo pra ser zerado e zerado varias e varias vezes, ainda sim so ficou nesta ótima versão, que poderia se tornar uma trilogia ou ate mesmo uma serie como Prince of Persia ou Resident Evil, mas ficou só neste, talvez por isso o mito Flash Back seja tão forte. quem não conhece, jogue, não ira se arrepender , jogue sem detonados, se não souber inglês pegue o dicionário experimente os itens nas maquinas, não é um jogo fácil, mas também não é difícil.
PGC
Realmente esse game é um dos melhores.
ResponderExcluirótima matéria tbm!
ResponderExcluirExcelente review! Existe a rom traduzida para o português, muito bem traduzida por sinal. Ótimo jogo, o mais envolvente da era 16 bits.
ResponderExcluirValeu galera! Sim , fizeram um otimo trabalho na tradução da rom de Mega, o pessoal é fera.
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